Por , iG São Paulo |
Produzido pela HBO, "Dorina - Olhar para o mundo" apresenta a pioneira na busca de direitos básicos para deficientes visuais
Dorina Nowill foi a responsável no Brasil pelo desenvolvimento de diversas medidas que fazem a diferença até hoje na vida de deficientes visuais - ou "cegos", como Martha Nowill, neta de Dorina, prefere se referir.
"As pessoas tem esse problema com a palavra, né? Preferem 'deficiência visual', mas a minha avó era cega, é como ela se referia, e eu nunca tive problema", declarou Martha em entrevista ao iG Gente, após a exibição do documentário na Fundação Dorina Nowill Para Cegos.
O documentário "Dorina - Olhar para o mundo" estreia nesta terça-feira (21) e Martha diz que um dos objetivos da produção é mostrar para a nova geração quem foi Dorina Nowill. "Eu sinto que a minha geração não conhece minha avó. Quando eu ia na casa dos meus amigos, os pais sempre me perguntavam o que eu era da Dorina por causa do meu sobrenome, mas a minha geração não sabe quem ela é."
Dorina ficou cega aos 17 anos, e não se deixou abater pela nova condição que lhe foi apresentada. Desde nova lutou pela implementação de medidas básicas que tornassem a vida dos deficientes visuais mais prática, como o uso da bengala, a transcrição de livros em braile e livros falados, e até mesmo os cardápios em braile.
No filme, foi dispensado o uso de GCs (faixa que apresenta o nome dos personagens por escrito) e ampliado o uso de recursos sonoros. Quando questionada sobre essas escolhas, a diretora Lina Chamie contou que não via sentido em usar tantos recursos visuais em um filme que trata da realidade de cegos.
"Foi uma decisão minha que eu levei até o fim. Quero que cegos e pessoas que enxergam tenham a mesma experiência auditiva assistindo ao filme. Conforme os personagens vão aparecendo e contando suas histórias, nós conseguimos identificar quem é cada um na vida de Dorina sem o uso de GC."
O documentário conta com diversas gravações da própria Dorina, com uma participação importante de sua neta, Martha, além de outros familiares e pessoas que tiveram a chance de conhecê-la. No entanto, uma ausência que foi sentida no documentário foi a de Edward Nowill, marido de Dorina por 60 anos.
"Meu avô sempre foi um homem de bastidores", disse Martha quando questionada sobre a ausência. A neta conta que o avô ficava feliz com a visibilidade de Dorina, mas que isso era dela, e ele preferia dar suporte fora dos holofotes.
Reportagem retirada na íntegra:
Dorina Nowill foi a responsável no Brasil pelo desenvolvimento de diversas medidas que fazem a diferença até hoje na vida de deficientes visuais - ou "cegos", como Martha Nowill, neta de Dorina, prefere se referir.
"As pessoas tem esse problema com a palavra, né? Preferem 'deficiência visual', mas a minha avó era cega, é como ela se referia, e eu nunca tive problema", declarou Martha em entrevista ao iG Gente, após a exibição do documentário na Fundação Dorina Nowill Para Cegos.
O documentário "Dorina - Olhar para o mundo" estreia nesta terça-feira (21) e Martha diz que um dos objetivos da produção é mostrar para a nova geração quem foi Dorina Nowill. "Eu sinto que a minha geração não conhece minha avó. Quando eu ia na casa dos meus amigos, os pais sempre me perguntavam o que eu era da Dorina por causa do meu sobrenome, mas a minha geração não sabe quem ela é."
Dorina ficou cega aos 17 anos, e não se deixou abater pela nova condição que lhe foi apresentada. Desde nova lutou pela implementação de medidas básicas que tornassem a vida dos deficientes visuais mais prática, como o uso da bengala, a transcrição de livros em braile e livros falados, e até mesmo os cardápios em braile.
No filme, foi dispensado o uso de GCs (faixa que apresenta o nome dos personagens por escrito) e ampliado o uso de recursos sonoros. Quando questionada sobre essas escolhas, a diretora Lina Chamie contou que não via sentido em usar tantos recursos visuais em um filme que trata da realidade de cegos.
"Foi uma decisão minha que eu levei até o fim. Quero que cegos e pessoas que enxergam tenham a mesma experiência auditiva assistindo ao filme. Conforme os personagens vão aparecendo e contando suas histórias, nós conseguimos identificar quem é cada um na vida de Dorina sem o uso de GC."
O documentário conta com diversas gravações da própria Dorina, com uma participação importante de sua neta, Martha, além de outros familiares e pessoas que tiveram a chance de conhecê-la. No entanto, uma ausência que foi sentida no documentário foi a de Edward Nowill, marido de Dorina por 60 anos.
"Meu avô sempre foi um homem de bastidores", disse Martha quando questionada sobre a ausência. A neta conta que o avô ficava feliz com a visibilidade de Dorina, mas que isso era dela, e ele preferia dar suporte fora dos holofotes.
Reportagem retirada na íntegra:
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